O Museu da Televisão Brasileira, que seria instalado no prédio histórico Casa das Retortas, região central de São Paulo, foi adiado devido a divergências entre as emissoras e também por questões políticas. O presidente e dono do Grupo Bandeirantes, Jonnhy Saad, negou aderir ao projeto por considerar que o mesmo ficaria sob a liderança da Cultura.
A TV Cultura foi a primeira emissora a aderir ao projeto - idealizado há 13 anos pela veterana da televisão Vida Alves, 80 - e pediu apoio à prefeitura e ao governo do Estado de São Paulo. Uma foto publicada pela Folha, em que que Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta (que administra a Cultura), aparece em frente onde o museu seria instalado pesou na decisão de Saad, que disse que da forma como as negociações estavam avançando, o museu acabaria, sim, sob o comando da Cultura.
A mentora do projeto disse ter “caído das nuvens” com a notícia, mas que “continua com esperança”. Para ela, Paulo Markun, disse que iria negociar com todas as emissoras a reunião do acervo e que o museu “não é da TV Cultura”.
A divergência chegou ao prefeito Gilberto Kassab, que em maio assinou lei criando o museu. Candidato à reeleição, ele engavetou, por enquanto, a idéia que desagradava à Band, emissora que realizará três debates eleitorais.
Uma festa marcada na Casa das Retortas foi cancelada, após o Contru considerar que o local não estava em boas condições. Depois disso, João Sayad, secretário de Estado da Cultura, confirmou que “houve uma mudança” e que o prédio agora deverá abrigar o Museu da História de São Paulo.
Em nota publicada na última quinta-feira (24), a TV Cultura afirma “manter seu decidido apoio ao projeto” e que “desde o início ele foi concedido com a participação das principais redes e, evidentemente, não irá beneficiar nenhuma emissora em particular”.
A Band, por assessoria, disse que preferia não se manifestar.
Com informações da Folha de S.Paulo
Créditos pela publicação Revista Online
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